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...Tais Bonecas de porcelana são assim, febris e caras, postas ás camas de linho de inocentes ninfas. Tocavam as roupas de cama, com a doçura inerte do calar contínuo, com seus lábios em , finos pincéis, pintados. Passam as horas á meditar sobre o tempo, trocam entre sí, fábulas de seu calado, porém tempestuoso dia-a-dia, lembram-me, assim, os santos que analisavam os fiéis, descritos com vida, Machadianamente. As cabeças, adornadas com babados finos e controversos, pausam em lúdicos e coesos versos, numa inocência que me custa a crer, dias atuais. Talvez, - vaga minha mente-, por debaixo daqueles vestidos alvos de tecido fino e ponderado, pulse a latente dos desejos primitivos, vai saber. No mais, o regalo cabe ao travesseiro, aonde se recosta com seus pensamentos frios, á observar com seus olhos pintados por pincéis de finas cerdas, a mulher que nasce na menina, que um dia á escolheu boneca.
Renata Cohen l texto pós meia noite.
2 comentários:
Que proza gostoza minha Amiga ... eu mesmo queria ser uma Boneca as vezes ... para ser tão fria quanto a porcelana !!!
E sabe, na maioria das vezes somos mais frios ainda....
;*
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