terça-feira, janeiro 13, 2009

>> A carta de Yohansen .

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Ah, sim,

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Eu sou reponsável pela marca dágua impressa em fogo - brasa numa pele pouco pó,

sim sou responsável sem dó,

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Eu sou responsável pela pena pouco usada em preto Chinês Dark-melancólico, perdido no espaço-tempo em uma máquina digital "no bateries"," no time"," no vaccancy";
E mais, meus caros:
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Eu sou responsável pela água fria em balde largada á moleira de aquém, que se interesse,
pelo meu molar que adoece,
Ah sim, eu sou uma responsável salutar,

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Em me esgueirar pelas ruas-becos sem sahidas na cabeça inerte, pupilas dilatadas e negras,
- De um Preto Chines, que usei, á pena, minutos atrás,

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Trago no tato a lembrança de nada, o pedaço do pouco, e a mentira lavada de sorrisos que eu mesma dei,

Pra calar a boca de qualquer Santo que seja, a emancipar meu nome, Noites foras,

Madrugagas a dentro,

Eu sei;

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Do meu murmúrio contido,
Que exploda em verso e prosa,
Eu não ligo,
Que exploda,
Que haja,
Que vicie;
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Pra que eu possa dizer aos netos que nunca tive,
Que eu nasci,
E não vou morrer nunca mais.
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Renata Cohen I Acabei de entrar no eu autor e sei lá...me deu uma saudaaaaade daquele estilo agressivo...

sexta-feira, janeiro 02, 2009

Primogênita de ´09

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Oi?
Como foi o Reveillon?
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Por aqui, fora as massas saltitantes e suadoiras, foi bom. Tinha, como em todas as festividades da Avenida Paulista, vinho barato em garrafa de plástico á R$ 5,00 a unidade. Coisa fina em tempos de Crise.
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Teve também revista da polícia militar, achei digno. Passei pelo guarda, em meio á uma confusão de gente engolindo o ultimo suspirar da latinha de cevada ( porque não podia entrar com bebidas na área do show), e gente vendendo mais. Uma Mulher (?) me empurrou, disse "você é mulher, não tem de ser revistada!", impaciente e mal educada. Passei pelo policial e recebi um gentil " Feliz ano Novo ". Contrastes da megalópole.
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Não posso ser hipócrita e dizer que não achei bonito. Achei . Mas achei peculiar também: em meio aos últimos segundos do ano, tanta gente junta misturada, e ninguém conhecia ninguém. Nem sei dizer, ao certo, se é local pra se fazer amizades, afinal, na manhã do primeiro dia do ano, metade da população da festa não lembrava nem o próprio nome. Mas é estranho imaginar - e presenciar- , uma coisa dessas. Afinal, espera-se que o ano novo seja um incentivo a renovação, aquele espirito do "começar de novo". E aparentemente, nada muda. As pessoas que nunca tiveram educação, vão continuar não tendo. É a lei do mínimo esforço. Me dói dizer isso, mas é a real.

E as que tem continuarão buscando ser mais. É a lei de quem quer ser bom pra si.
( vulgos chatos, egoístas, e afins).

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Mas a idéia deste texto, o primeiro com cara de texto de blog, é ser daqueles pessoais, saca? Aquele tipo de texto que foge um pouco ao meu estilo intimo-agresivo.
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Resolvi , este ano, escrever umas coisas mais observadoras, de um ponto de vista analítico. Lógico que a cerne cínica e malvada das minhas linhas pouco pudicas e rispidas, continuará invariavelmente. Mas eu quis variar num sentido: a expressão não pode se ater á um estilo unico, ja que expressão tem a ver com sentimento, e sentimento é algo mutável por natureza.
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VOLTANDO ÁS OBSERVAÇÕES FESTIVAS:
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Achei bonito.
E fui embora.
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Simplesmente isso.
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Há muitas coisas pra serem mudadas, e essa época remete á isso, mas fiz uma grande promessa de fim de ano: Não faço mais promessas de início de ano.
É uma forma muito sábia de, no fim deste ano, eu me decepcionar pouco.
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Pensa:
O ser humano adora listas.
"Coisas pra comprar, coisas pra fazer, coisas pra comer, e vice-versa".
Chega no final do ano, e se, por acaso do destino - um pregador de peças sacaninha- , você não conseguir realizar UM dos tópicos da sua lista, pasme: Teu ano todo foi pro brejo.
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- E brejo bom, daqueles que tem tipo uma areia movediça, que é pra você sentir pencas de remorso.
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Por isso, a única lista que fiz, porque como ser humano, adoro listas, foi a de "livros pra ler/livros lidos". Essa eu consigo cumprir numa boa. Ja li dois, e não desdenha, só porque são fininhos: Ja li mais que muita gente leu em 2008 inteiro.
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Agora, o que eu espero deste ano??
Hum...
Eu espero que eu seja melhor, pra mim, pros outros. Isso é questão de vontade e disciplina. Não sou muito discilplinada, mas sou boazinha. Entenda-se por boazinha, que eu não seja uma pessoa má.
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E eu espero que as pessoas aprendam mais sobre si mesmas.
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Afinal de contas, é a única coisa que carregamos depois que os fogos da virada perdem a cor.
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Renata Cohen I Tentando ser assim , mais comunicativa..rs