terça-feira, janeiro 21, 2014

UMA QUESTÃO DE JULGAMENTO. E SÓ.


- 'Um elefante, incomoda muita gente, dois elefantes incomodam, incomodam muita mais...´



Tem muita coisa que me incomoda no meu País.

 Mas não é porque uma penca de adolescentes resolveu que andar de Nike Shox e Blusa da Lacoste é  ‘O QUE HÁ’, que vou enfiar o dedo no olho.

VIVEMOS EM UMA SOCIEDADE DE CONSUMO. Isso é estimulado O TEMPO INTEIRO. 

EU, PARTICULARMENTE, não me acho no direito de dizer que estão errados. 
Não gosto de funk, não gosto do ''mano style'', E minha rua, de final de semana, é um inferno de Dante. M A S, não sou imbecil ao ponto de dizer que todo mundo que coloca um boné na cabeça ou uma bermuda branca, é bandido.


Conheço pessoas que são do Rap, Hip Hop, Do axé, do samba...Muitas moram em lugares aonde só gatos chegam. Muitas só tem como diversão, um som no final de semana, um ‘’churras’’, um encontro. Muitas trabalham a semana toda, até perderem a noção do tempo, pra que eu tenha um lanche pra comer, um prédio  pra me abrigar, ou você que esta lendo isso, tenha sua casa limpa.  

Sei que não é certo uma SÉRIE de coisas, Sei que não sou obrigada a ouvir funk de porta-malas de carro, ou fechar minha janela pora conseguir escultar meu filme. Não somos obrigados a ter de mudar de local de lazer, ou deixar de frequentar aqui ou lá, ,porque, de repente, se tornou exclusivo de determinado público.

Isso traz a tona uma série de direitos, que ambas as partes te-e-não. É complicado.

Mas, Como Li o que um amigo escreveu muito bem, estes dias, Não esta certo fazer isso, seja qual for o grupo. Não importa se é Funk, Pagode, forró, Death Metal ou Raggae: Aglomerações podem se tornar perigosas.

Isso, é triste, ter de olhar todos da mesma forma, pra depois, separar o Joio Do Trigo. Mas também, Acho chato ter de reagir com negatividade, antes de avaliar e ter uma posição sensata.

- Isso, porém, não me dá o direito de colocar todo mundo num saco, e jogar precipício abaixo.


NÃO CONCORDO EM ZONEAR DENTRO DO SHOPPING, NÃO CONCORDO COM GENTE APROVEITADORA QUE, ASSIM COMO NAS MANIFESTAÇÕES DO ANO PASSADO, ENTROU NA MUVUCA PRA CAUSAR E NÃO PRA PARTICIPAR DO MOVIMENTO, NÃO CONCORDO COM LADRÃO FILHO DA PUTA (adolescente ou não ) SE INFILTRANDO NO MEIO PRA FURTAR PESSOAS ou LOJAS NO METRO,

MAS CONCORDO MENOS AINDA, COM ESSE ADESIVO DE ALVO QUE ESTÃO COLANDO NA CARA DE TODO MUNDO. 

- Me soa como a música antiga, intitulada " Manifestante é tudo Vândalo". Sucesso. 

 Somos incentivados o tempo todo a sermos mais: mais bonitos, mais ricos, mais capazes, mais inteligentes, mais descolados. Voces acham que, sinceramente, com a tal abertura da economia, eles não vão se empolgar e querer ser ''mais'' também?

Rappers americanos andam pelas ruas do Bronx com correntes de ouro mais grossas que corda de cavalo, ha anos,  e a galera daqui pira o cabeção na tal ''ostentação''. Anos e anos de cultura de Ostentação, mas brasileiro é tão camarada, que quando o negócio chega aqui, vira baderna. Ou não vira, alguém faz virar...

- Aliás, isso acontece com tudo que a gente copia. Colônia, é Colônia.

Se isso é o correto, não sei. Não acho justo pra uma dona de casa não dar um aperto na filha e dar limites, gastando com ela o que seria suficiente pra melhorar  a sua situação de moradia, por exemplo. Mas a filha é dela. Eu não compraria um tenis de 500 paus se estivesse precisando comprar uma casa. 
Mas essa sou eu, Não-mais-adolescente-que-compra-material-de-trabalho-e paga-os –próprios-cursos.

Cada um sabe de suas necessidades, e cada um que aprenda com essa ‘’onda’’ nova, a educar seus filhos. Se não sabe dizer não, minha senhora, é uma pena. Vai gastar os tubos com um filho ‘OSTENTAÇÃO’’, enquanto mora num barraco sem reboco. Mas, se Voce, que compra essas roupas pro seus filho, caso ele não trabalhe, acha legal poder oferecer grifes pra ele, então que  bom pra você. Eu não estou em posição de julgar pai ou mão que vê nessa atitude, um modo de dar aos filhos o que eles não tiveram.

Aliás, muitos trabalham. Se Voce meu querido, quer gastar seu salario de mil reais num par de  tênis, que bom pra você, que pode pagar pelo que deseja.

Talvez, na nossa cabeça, fosse melhor investir em cursos, educação, bla, bla...pra mim, super válido, mas pra um adolescente periférico, que esta vendo seu país gasta Milhões em construções de estádios pra copa, enquanto sua escolas caem aos pedaços, investir em educação? ‘’EU?”. “ Quero mais um Mizuno.’’

Isso vai passar, e alguns, Os Peter Pans da vida, ainda vão passear de bonézinhos e óculos estilosos depois da adolescência. Outros, vão passar por isso, como passamos pelas nossas fases, e guardamos delas, o que nos foi conveniente.

 Mas honestidades e 3.000 palavras a parte, não em incomodam. Me incomoda mais quem se aproveita disso pra fazer o mau feito, me incomoda sair de casa e ter de desconfiar de todo mundo na rua, porque minha cidade não me da segurança, me incomoda, quem veste o tal bonezinho e vai fazer merda na rua. Me incomoda, criança morrer queimada dentro de ônibus, gente morrendo de fome enquanto politico corrupto de merda, desvia verba pra passear de lancha.

As opiniões são muito divergentes, eu entendo. Entendo também, que um elefante incomoda muita gente,. Dois elefantes então...Mas entendo, que generalizar, é tão ou mais pesado e feio, do que nossa situação atual.

O Brasil, não esta em condições de Julgamento. Somos um dos países com mais riquezas no mundo, e um dos com maior desigualdade social.
Temos condições de satisfazer as necessidades básicas do trabalhador, mas tratamos as minorias como lixo. Refugo de enchente. Pessoas trabalham o mês todo, e seu salário não paga paçocas. Tem muita coisa fora dos eixos, mas minhas palavras, HOJE, são para alertar ao fato de que não temos condições de julgar ninguém. SOMOS ERRADOS DESDE AS COXAS DE FRANGO DA REALEZA.


Estou mais preocupada com os bandidos que se vestem Bem, e nos sugam a dignidade TODO SANTO DIA. Não estou defendendo Rolê, nem sendo contra, afinal, como pessoa TATUADA, DE CABELO BAGUNÇADO, E AMANTE DAS ARTES, NO PAÍS AS BUNDAS, eu sei bem o que é ser julgada por fazer parte de minorias.

quinta-feira, janeiro 02, 2014

>>They should Know...

2014.

Já.


De novo.


Sempre a mesma coisa. 
Os anos entram, saem, tipo visitas, queridas e desejadas, ou não.
Os anos são um relógio mágico aonde por vezes a gente se perde.


Ah, os anos....

Gavetinhas da existência...

Eu ouvi estes dias, que cito muito a minha idade. Bem notado, Patt. Percebi que realmente, quando estou lá pelos próximos seis meses de mudar meu relógio biológico, meu cérebro entra em nuances de mudança também. É um pouco complicado, em se tratando de hormônios e coisas do tipo, mas uma moça Tupiniquin, de 34 anos de idade, pode ter tantas dúvidas e acnes como uma menina de 12. 
E falo com conhecimento de causa, por que tenho os dois.


Enquanto ouço Morrissey, em seu " Let me kiss you'', ao vivo de hollywood, mas já no passado, penso nas resoluções de inicio de ano, que desta vez, fiz questão de não fazer. Todo ano, Every single, nós nos prometemos uma lapada de atividades, afazeres, cursos, viagens, terapias, filmes, amigos, menos vícios, mais qualidades...e quando bate a sineta de 31 de Dezembro, Tchã - rãmm, Não fiz um teço do meu prometido. Quanta decepção...

Ou, não.






Ano passado, antes de ontem, eu fiz coisas que nunca imaginei que conseguiria. Por exemplo, corri uma corrida - de verdade , com largada e chegada -, Pintei um estudo á óleo baseado na obra '' dois Sátiros'', de Peter Paul Rubens, diminui a ingestão de café ( mesmo que a oposição tenha provas do contrário), comecei a dar aula de pintura, e tatuei gente pra caramba. Bom ano.

Lógico, hipocrisias a parte, a gente sempre guarda uma vontadinha disso ou daquilo. Mas cá pra nós...Começar o ano com uma carga de ''tenho de..'', já dá cansaço. 


Vou guardar comigo as coisas que pretendo, e no meu intimo, elas vão se tornando fortes, pra se tornarem verdades palpáveis. Melhor que listinhas.

Resolvi,. este ano, que vou me dar um tempo de promessas demais.
Isso sobrecarrega. 

A vida, não é uma fotografia de sala de estar, em revista de decoração. As coisas mudam de posição, de lugar e de significado. Acho bonito deixar esse segundo dia do ano se abrir pela minha frente, feito uma estradinha de terra, bem simplória. Aí vou indo, vamos ver no que dá, no que darei, o que será dado a mim, e no que me tornarei dia 31 de Dezembro de 2014.

- Então,  se o mundo não tiver acabado, e os blogs ainda existirem, posso dizer se me apaixonei por jardinagem, halterofilismo ou mudei por Tibete.




Vai saber.

;))